Ler ou não ler, eis a questão

Com o tempo ocupado pela televisão e pela internet, adolescentes deixam os livros em segundo plano.

Os livros mais vendidos / 28 de abril de 2010

FICÇÃONÃO-FICÇÃOAUTOAJUDA E ESOTERISMO
 1
A Cabana
William Young  
 1
Comer, Rezar, Amar
Elizabeth Gilbert
  
 1

Por que os Homens Amam as Mulheres Poderosas?
Sherry Argov 
 2
O Ladrão de Raios
Rick Riordan
 2
Chico Xavier - A História
do Filme de Daniel Filho

Marcel Souto Maior 
 2
Se Abrindo Pra Vida
Zibia Gasparetto
 3
O Símbolo Perdido
Dan Brown 
 3
Guia Politicamente Incorreto
da História do Brasil

Leandro Narloch
 3
O Monge e o Executivo
James Hunter
 4
Alice
Lewis Carroll
 4
Criação Imperfeita
Marcelo Gleiser
 4
O Homem que Falava
com Espíritos

Luis Eduardo Souza
 5
O Mar de Monstros
Rick Riordan
 5
As Vidas de Chico Xavier
Marcel Souto Maior
 5
Quem Pensa Enriquece
Napoleon Hill
 6
A Batalha do Labirinto
Rick Riordan
 6
Mentes Perigosas
Ana Beatriz Barbosa Silva
 6
Cartas entre Amigos
Fábio de Melo e Gabriel Chalita
 7
A Maldição do Titã
Rick Riordan
 7
Mais Você - 10 Anos
Ana Maria Braga
 7
Nosso Lar
Francisco Cândido Xavier
 8
Diários do Vampiro 3 - A Fúria
L. J. Smith
 8
O Andar do Bêbado
Leonard Mlodinow
 8
10 Respostas que Vão Mudar sua Vida
Pe. Reginaldo Manzotti
 9
Amanhecer
Stephenie Meyer
 9
Uma Breve História do Mundo
Geoffrey Blainey
 9
A Arte da Guerra
Sun Tzu
 10
Eclipse
Stephenie Meyer
 10
Honoráveis Bandidos
Palmério Dória
 10
Os Segredos da
Mente Milionária
T. Harv Eker
 11
O Vendedor de Sonhos
Augusto Cury |
 11
A Longa Marcha Dos Grilos Canibais
Fernando Reinach 
 11
Encontre Deus na Cabana
Randal Rauser 
 12
Diários do Vampiro 1 - O Despertar
L.J. Smith
 12
Guia Ilustrado TV Globo
Projeto Memória
 12
Nunca Desista de Seus Sonhos
Augusto Cury
 13
Como Treinar o Seu Dragão
Cressida Cowell
 13
Marley & Eu
John Grogan
 13
Os 7 Hábitos das Famílias Altamente Eficazes
Stephen R. Covey
 14
O Menino do Pijama Listrado 
John Boney
 14
Meu Vizinho É um Psicopata
Martha Stout
 14
Vivendo e Aprendendo
Roberto Shinyashiki
 15
Indomada
P.C. Cast e Kristin Cast
 15
1808
Laurentino Gomes
 15
O Código da Inteligência
Augusto Cury
 16
O Pequeno Príncipe
Antoine de Saint-Exupéry
 16
O Livro do Brigadeiro
Juliana Motter
 16
A Cabeça de Steve Jobs
Leander Kahney
 17
A Cidade do Sol
Khaled Hosseini
 17
Uma Breve História do Século XX
Geoffrey Blainey
 17
Minutos Com Chico Xavier
José Carlos de Lucca
 18
A Menina que não Sabia Ler
John Harding
 18
O Mundo das Copas
Lycio Vellozo Ribas
 18
Não Tenha Medo de Ser Chefe
Bruce Tulgan
 19
Querido John
Nicholas Sparks
 19
Mentes Inquietas
Ana Beatriz Barbosa Silva
 19
Coleção Análise
da Inteligência de Cristo

Augusto Cury
 20
Diários do Vampiro 2 - O Confronto
L. J. Smith
 20
Pinga-Fogo com Chico Xavier
Saulo Gomes
 20
Desvendando os Segredos da Linguagem Corporal
Allan e Barbara Pease
 
Não existe estudo científico que comprove, mas há uma percepção disseminada sobre a geração atual: ela não gosta de ler. A constatação parte dos professores. Eles se queixam de que só com muito esforço conseguem obrigar seus alunos a ler os clássicos da literatura. Um dos argumentos mais utilizados é recorrer à ameaça do vestibular. Os pais endossam a percepção de repulsa dos jovens pelos livros. Reclamam freqüentemente que os filhos padecem de falta de concentração e, por isso, não são capazes de ler as obras básicas para entender a matéria. Por que isso acontece? O que faz com que uma geração leia e outra fuja dos livros? Há diversas explicações, mas todas acabam convergindo para um mesmo ponto. Quando as pessoas recebem a informação mastigada – na televisão, nos gibis, na internet –, acabam tendo preguiça de ler, um ato que exige esforço e reflexão.
Os canais pelos quais o jovem se informa nos dias de hoje são múltiplos. O livro é apenas um deles. E é o mais trabalhoso. Diante desse quadro, os educadores são unânimes num ponto: as armas de estímulo à leitura precisam ser modernizadas. Alguns já fazem isso, com sucesso. "Eu costumo contar uma parte interessante ou bizarra de um clássico, para mexer com a curiosidade", sugere a professora Maria Aparecida Custódio, responsável pelo laboratório de redação da rede de escolas Objetivo, em São Paulo. "Outra pedida é incentivar atividades lúdicas, como pedir para uma classe encenar peças de teatro a partir de obras famosas", propõe o educador paulista Gabriel Chalita , que presta assessoria a várias escolas na área de treinamento de professores.
Uma parcela da responsabilidade pelo baixo índice de leitura entre os jovens cabe aos mais velhos, que estigmatizaram a geração atual como uma geração burra. "Se você critica a roupa que o adolescente veste, a música que ele ouve, diz que internet é uma bobagem e que ele só consome lixo, está construindo uma barreira intransponível, como se o teen vivesse numa esfera e os clássicos estivessem em outra, inacessível para ele", opina Eliane Yambanis, professora de história do Colégio Equipe, em São Paulo. Ou seja, as estratégias de sedução à leitura não funcionam se não levarem em consideração o universo teen. De acordo com Maria Aparecida Custódio, o professor deve, sim, incentivar o adolescente a acessar um conto que esteja disponível na internet, ou ler a versão de um clássico em quadrinhos. Tudo isso estimula o hábito da leitura. A lição que fica é a seguinte: para ensinar alguma coisa a alguém é preciso antes aprender mais sobre ela.


Thalita Rebouças - Sucesso entre os Jovens!


Sou fofa. Pelo menos é o que dizem as boas línguas. Nasci no dia 10 de novembro de 1974, sou carioquésima (daquelas que louvam o Rio e agradecem diariamente por ser de uma cidade tão linda e especial), empolgada, teimosa, escorpiana, portelense, Fluminensesesê!, abracenta, sorridente, chata à beça na TPM, chorona (do tipo ridícula, choro até vendo comercial de detergente), alucinada por sambas e marchinhas de Carnaval, louca por brigadeiro (para comer de colher) e adrenalina — já saltei de pára-quedas e asa-delta algumas vezes — e viciada em algumas séries de TV (Friends, Seinfeld, Sex and The City, Lost e Desperate Housewives são minhas preferidas). 
A vontade de escrever nasceu quando eu era criança. Do alto dos meus 10 anos eu me autodenominava "fazedora de livros", já que cuidava de todos os detalhes pessoalmente.
Era eu quem desenhava a capa, transformava os papéis em livro com a ajuda do grampeador, criava as ilustrações, escrevia e revisava tudinho, para que o texto não tivesse nem um acento errado (desde pequena sou fanática por acento, sei todas as regras de cor desde a primeira aula de Português que abordou o assunto. Resumindo, coisa de C.D.F. :o).
Quando terminei o segundo grau, prestei vestibular para Direito, certíssima de que era a carreira dos meus sonhos. Agüentei dois anos, mas acabei por solucionar a cruel questão "tranco ou não tranco a faculdade?" mudando de mala e cuia para o curso de Jornalismo, que amei desde o primeiro dia de aula. 
Trabalhei em lugares muito legais, como a Gazeta Mercantil, o Lance!, a TV Globo e a FSB Comunicações.
Em 2001, quando os livros começaram a dar certo, resolvi apostar no meu sonho de pirralha e investir seriamente na carreira de escritora. Dei umas férias para a jornalista que mora em mim. O que eu gosto é de inventar histórias, aumentar um ponto -- ou vários.
Na ralação
O começo da minha carreira é uma história de bagunça e perucas em bienais e livrarias.
Fui convidada pela Ao Livro Técnico (minha primeira editora) para passar uma tarde na Bienal do Livro de 2001, aqui no Rio, autografando o Traição entre Amigas. Lá fui eu, toda serelepe. Durante 20 minutos vi passar na frente da minha mesinha um monte de gente, mas ninguém me dava bola. Percebi logo que se eu ficasse ali sentada esperando meus queridos futuros leitores eles simplesmente não viriam. 
Vários autores consagrados estavam presentes, como eu poderia competir com eles? Meu "Traição entre Amigas" era apenas mais um livro naquele universo de títulos disponíveis na Bienal. O estande da minha editora, apesar de bonitinho e bem localizado, era um entre muitos espalhados em dois imensos pavilhões do Riocentro. Se eu quisesse vender livros teria que inventar uma forma de chamar a atenção, de aparecer, de me destacar. E rápido.
Como eu tenho na bagagem alguns anos de teatro, pagar mico em público não é nenhum problema para mim. Então vamos lá!
Comecei a bater palmas, a fazer polichinelo, a brincar com quem passava na frente do estande e a anunciar o livro em altos brados, como um vendedor empolgado com seu produto. Logo juntou gente ao meu redor, rindo e escutando, e o livro passou a vender como água no deserto. Não parei de autografar um só segundo. Ao fim da tarde, a editora me convidou para voltar dois outros dias. Voltei e a vendagem foi excelente. A Bienal acabou, mas aprendi a lição.
Em outubro de 2001, com a grande e inesperada notícia de que o Traição tinha ido para a segunda edição, resolvi arregaçar as mangas de vez e me dedicar a divulgá-lo em tempo integral. E divulgá-lo de forma eficiente e prazerosa significava voltar a fazer aquela bagunça básica da Bienal. Mas onde?
Bati na porta de duas grandes redes de livrarias, a Siciliano e a Saraiva, que foram muito legais me recebendo em suas lojas. Foram eventos divertidos e simpáticos, e o melhor: em todos eles o livro vendeu muito.
Em março de 2003, assinei com a Rocco para lançar meu terceiro "filhote", o Tudo por um Pop Star, que virou best-seller. Depois dele, vieram Fala Sério, Mãe!, que foi parar na lista dos mais vendidos da revista Época e do jornal O Globo (olha que chique!), Tudo por um Namorado,  Fala Sério, Professor! e todos os outros.